Acaso
Lista de afazeres enorme, horários marcados para a manutenção da beleza, num dia qualquer, numa loja qualquer. Problemas práticos para solucionar, no intervalo dos constantes devaneios. O telefone vibra no bolso interceptando minha vontade, redirecionando meus caminhos e adiando os compromissos em favor de uma sensação indispensável e renovadora. Boas notícias trazem um prazer eventual, mas permanente.
Quanto é? Certo, aqui está, obrigada, tenha um bom-dia! Parto em direção à tão esperada paz.
Os preparativos me dominam naqueles prévios momentos, enquanto esqueço um pouco do relógio e vislumbro o que terei em breve. Som da campainha, me apresso, vou totalmente e abro a porta. Cumplicidade indiscutível se abraça e dispensa comentários no aproveitamento completo dos minutos que temos a seguir.
Gestos que se entendem e correspondem o que é correspondido. Aquela harmonia de percepções delicadas, bruscas, consecutivas, num acaso sempre bem-vindo. Lado a lado das expressões saudosas, estimulantes no processo do quero mais. Insistentemente cada movimento se estabelece, formando memória que sobrevive até o próximo olá.
O depois sorri e comemora, naturalmente. Palavras que trocam conhecimento e novidades do cotidiano se cruzam na companhia aproveitada durante todo o tempo. Novos planos são traçados no papel dos trajetos mais rápidos até nossa confraternização. A hora escapa pelos dedos da nostalgia, ainda pouco narrada, mas cheia de pretensões.
Entro no carro, ponho o cinto, os óculos escuros e os afazeres se lembram de mim. O cavalheirismo sacramentado permite a despedida que nunca se despede, deixando a alegria passo a passo em meu andar. Aceno ao eterno retorno... que parte a seu destino liberando rastro de luzes reluzentes, coloridas, na leveza do estar.
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Quanto é? Certo, aqui está, obrigada, tenha um bom-dia! Parto em direção à tão esperada paz.
Os preparativos me dominam naqueles prévios momentos, enquanto esqueço um pouco do relógio e vislumbro o que terei em breve. Som da campainha, me apresso, vou totalmente e abro a porta. Cumplicidade indiscutível se abraça e dispensa comentários no aproveitamento completo dos minutos que temos a seguir.
Gestos que se entendem e correspondem o que é correspondido. Aquela harmonia de percepções delicadas, bruscas, consecutivas, num acaso sempre bem-vindo. Lado a lado das expressões saudosas, estimulantes no processo do quero mais. Insistentemente cada movimento se estabelece, formando memória que sobrevive até o próximo olá.
O depois sorri e comemora, naturalmente. Palavras que trocam conhecimento e novidades do cotidiano se cruzam na companhia aproveitada durante todo o tempo. Novos planos são traçados no papel dos trajetos mais rápidos até nossa confraternização. A hora escapa pelos dedos da nostalgia, ainda pouco narrada, mas cheia de pretensões.
Entro no carro, ponho o cinto, os óculos escuros e os afazeres se lembram de mim. O cavalheirismo sacramentado permite a despedida que nunca se despede, deixando a alegria passo a passo em meu andar. Aceno ao eterno retorno... que parte a seu destino liberando rastro de luzes reluzentes, coloridas, na leveza do estar.
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... e não andam sendo poucos estes meus momentos...
ResponderExcluirobrigada pela suas visitas, raquel, sempre adoro seus comentários. ando meio ausente da net porque onde moro só tenho net em lan house e aí me dá preguiça :D
mas andarei mais assídua por esses cantos!
um beijo.