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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Balanço

Lá vem Lá vai no balanço da cadeira o velhinho sorridente sempre contente... Rosto ao punho Cotovelo ao vime olhos de azuis que continham o mundo hospitalidade sem fundo Recebia sempre com gosto; gente trazia alegria, mesmo se não conhecia No desfolhar do jornal, recordava histórias hilárias juventude sofrida, luta diária; sua bandeira, e construiu uma família inteira Regalias tinha por ser primeira sorte a minha, sorrateira aproveitava o balão de hélio soltava e logo outro ganhava Leituras escolares não fazia O velhinho lia e me dizia: engolia livros, com a mente traduzia o coração eloquente Quadrinhos a toda hora! pantera cor-de-rosa... Nem aparentava o instinto militar; somente uma vez ao pé da orelha, o fez e ainda o sinto ralhar Ergueu reminiscências e nos deixou as consequências a perdurar Raquel Abrantes