Vontade
Deixe para lá a vontade, ela de nada sabe; o que tivemos é o futuro do que temos. Passa tudo. Até a vontade. Dedos passam longe da rosa para que sua textura passe longe da epidérmica memória tal qual lápide futura. Olhares sobressaem tão coerentes deveras são na inerte lembrança do não-sentido. O pôr-do-sol acena calmaria... ruídos esparsos na significância apreciada; Suave é o anoitecer. Do precipício ao voo estratosférico, soma pontos a favor a terra flutuante dos singelos prazeres; nem alto nem baixo. Lá, cá, tanto faz apenas contemplo a harmonia. Raquel Abrantes