lados, teto, chão comichão danada essa farpa que entra no pé naquele piso velho ninguém usa mais e eu ainda tenho pé direito alto também mas nem tanto para escapar do resto do taco usado por todos os lados piso paredes espinhosas tão em desuso quanto escoram o peso do corpo no teto rebaixado vejo aquele lustre engessado ilustrado de luzes demais vidros demais fios demais espaço demais para dois pés descalços para duas mãos ásperas para uma pessoa só com tantos lados quanto aquela casa. Raquel Abrantes
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Mostrando postagens de julho, 2014
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veio, veio e quis ficar se alastrou pelas dobras um tempo irreal tão irreal como eu há alguns minutos à vontade sem nada queixar nem deixar malicioso estúpido resistente nós entrecortados nós entrelaçados ainda agora está como antes inverídica a vinda e a ida para nada por nada de nada não tem de quê. Só um quê perdido sussurra no ouvido transparece nem pesar, pesa e passa, passa... vê na volta o próprio rabo no fim da curva desventura daqueles que Raquel Abrantes
Poesia
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uma letra leva a duas e o número acrescenta mesmo curta a palavra diz entre vírgulas, reticências... às vezes mais que belas frases bem compostas carismáticas escrita acende suas entranhas; como bate para abater (pode rimar com outra ou estranhar a própria) sem trair, atrai sintonias várias pela pulsação conexa e cara. Raquel Abrantes