Equivalência
O valor do tempo equivale a sua pobreza. À intermitência de fluências escapam por vezes pistas, que surgem convenientes no retrato... congelador de fragmentos, horas, dias, anos ondulados anos-luz do hall de recordações. E a cada segundo ultrapassado, o ponteiro ofusca demasiadas tempestades, que resultam irrisórias perante o que não cabe a nós fazer passar. O que caberia? Deixar o tempo aveludar as tristezas e amarelar o transtorno, a ponto de diluir reminiscências já sem sentido. Aquele fim de tarde tão bem admirado de cima da pedra. Arrepio que já não posso representar. O sentimento tem suas próprias asas, queiram nossas entranhas ou não; mas renova-se todavia, como assim esperamos. Uma sensação mergulha nos ares em vários graus conforme o vento, reunindo, ocupando seu lugar no espaço invisível, para depois dispersar-se. Nas pontas do mapa sem destino, navego breves ilusões de realidade, terra firme entre o passado e o futuro, um conforto entre o que foi e o que haverá de s