A casa
A casa era da irmã do meu avô. O ambiente tinha um quê de mistério e me seduzia a cada passo dentro e fora dela. Suas portas pareciam mágicas, cada uma levando a mundo diferente, um mundo de conforto, um mundo de inquietação, um mundo de descobertas. Tinha uma porta em particular que era o meu maior motivo para querer morar ali. Ela dava para uma escada sinuosa de madeira que terminava em um mezanino rústico, atapetado e acolchoado. Era um lugar pequeno, mas em perfeita harmonia. Naquelas almofadas ficava estirada e via novos horizontes ao olhar as prateleiras cheias de livros. A luz entrava por uma pequena janela de vidro sextavado, acompanhada por abajures. Todas as paredes daquele lugar, que também lembrava um sótão, eram forradas de prateleiras. Cheias de livros. Precisava apenas admirar para sentir certa bruxaria benéfica, que poderia me afagar pelo resto da vida. A porta que dava para o quarto principal trazia um conforto mais luxuoso. As largas escadas de mármore branco chegava