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Mostrando postagens de abril, 2013

A casa

A casa era da irmã do meu avô. O ambiente tinha um quê de mistério e me seduzia a cada passo dentro e fora dela. Suas portas pareciam mágicas, cada uma levando a mundo diferente, um mundo de conforto, um mundo de inquietação, um mundo de descobertas. Tinha uma porta em particular que era o meu maior motivo para querer morar ali. Ela dava para uma escada sinuosa de madeira que terminava em um mezanino rústico, atapetado e acolchoado. Era um lugar pequeno, mas em perfeita harmonia. Naquelas almofadas ficava estirada e via novos horizontes ao olhar as prateleiras cheias de livros. A luz entrava por uma pequena janela de vidro sextavado, acompanhada por abajures. Todas as paredes daquele lugar, que também lembrava um sótão, eram forradas de prateleiras. Cheias de livros. Precisava apenas admirar para sentir certa bruxaria benéfica, que poderia me afagar pelo resto da vida. A porta que dava para o quarto principal trazia um conforto mais luxuoso. As largas escadas de mármore branco chegava

Raio

Um raio de luz atravessava o céu, resvalando o intuito de afastar as nuvens e desnudar as estrelas. O raio de luz ia e voltava de um lado para outro do outro lado para um nos mesmos pontos. Desse modo não se sabia o início e o fim o fim e o início ou de suas existências. Como o dia e a noite que se intercalam continuamente, sem que os dois salientem uma ordem definida. Os astros foram esquecidos seu brilho sedutor, abandonado por serem aparentemente fixos; apreciava-se o movimento o insistente retorno. O raio de luz (longe de desanuviar os ares encobertos, como à primeira vista) clamava o infinito. Parte telúrico o raio de luz do início ao fim do fim ao início fronteiras adentro. Fissura diáfana até ascender o tempo que monta e remonta entre o dia e a noite entre a vontade e a alma. Raquel Abrantes