Como revirar gente a ponto de encontrar gente que se amou nessa gente estranha de dores próprias aquelas que formam cada gente de maneira peculiar Como aproximar as dores de sua própria origem até que possam ser esquecidas por novas dores de característica outra Sem impasse dessas dores que lembram quem sou até esta última dor até a próxima não sei quem serei estando aqui, nesta forma engessada pelo costume que ainda vai em toda gente como eu e você você com a sua eu com a minha em processo de desfolhamento ou desapropriação quem poderá dizer... E a gente acha importante a dor que tem É o real que a gente leva. Eu que acredito tão pouco sou mais ou menos real? Eu que sinto tão pouco sou mais ou menos gente? Eu que sonho sentir e acreditar amo mais ou menos gente? Em meio a tanta gente a gente procura o lapso de si. Raquel Abrantes
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