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Mostrando postagens de junho, 2012

A folha

às vezes quando a folha cai ziguezagueando as ondas notórias de seu corpo pelo ar intangível no ritmo intrínseco  ao observador as terminações, nervuras terminam seu percurso no solo na grama nas raízes em sua própria origem e seu estado funcional e seu estado decorativo e seu estado poético transformam-se destinando seu leve corpo ao irremediável destino onde salpicam as luzes frementes em cores inconstantes de uma vertigem A folha já não favorece a respiração ao redor; descansa desgarrada no arfante movimento do ser insustentável como quem a observa Raquel Abrantes